quinta-feira, 4 de junho de 2015

Filigrana do metatarso

Desejas a ferro-gusa do desencasquetar
E te perdes envidando teu equídeo
As equimoses provam teu fiduciário despertar
Inócuo verme ingênito herbáceo

Estás perdido

Não obstante obtemperas as odisseias
Ficas aqui me pensando como odalisca
E neste meu machucado ardido
Andas nos fios
Da filigrana do meu metatarso

Quantos já foram?

Admiro teu muxoxo
Perdeu-te no labirinto 
E queres cortar as paredes
Como as mais funestas redes
Que as veias do meu pé são

Debênture da minha permissão ao amor

Dou-lhe logo o fragor servente
Da minha loucura ardente
Desejo manipular-lhe como serpente

Meu calcanhar no tamborete

E tua mão neles vai como foguete
E a mente de leite
Aprochega e entorpece e afunda
Nos carinhos falsos em deleite

Se cortas minhas riquezas

Arranca-me o carmim da luxúria
Se cortas minhas artérias filigranas
Arranca-me o amor da amargura

Quando pelo labirinto do metatarso passas

Que vês tanto tártaro e purgatório e leviatãs
Encontras o caminho e se perdes nas respostas
E provas mais uma vez das minhas maçãs

#PHPoemADay #OLabirinto

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Copyright © 2013 | Design e Código: Amanda Salinas | Tema: Viagem - Blogger | Uso pessoal